Só para constar

Ao iniciar esse blog estava com redondos 88 kilos para 1, 64m.

Pesei-me na última quarta-feira e a balança registrou tão redondos quantos, 86.400 kg.

Fiquei feliz por ter eliminado esse 1, 600 kg em 7 dias depois de tanto cachorro quente e salgadinhos que ingeri no níver da minha afilhada no último sábado. A única  mudança é que comi verduras como uma vaca!

Enfim, as atividades físicas ainda não começaram... mas tenho certeza que assim que colocar a sola do tênis para queimar irei emagrecer ainda mais rápido.

Outro detalhe que não sei se pode ter alguma analogia: tive uma queda gigante de cabelos, deixando uma falha imensa na minha  nuca, e se vcs lerem em meu outro blog Vastas emoçoes e pensamentos imperefeitos verão que eu tenho um problema sério para conseguir dormir. Enfim, queda de cabelo, tristeza, ansiedade  e desespero por estar desempregada , fizeram com que o Dr Adriano-gato receitasse rivotril (2gr) para me ajudar a dormir e  Fluoxetina (2gr) para controlar  a ansiedade, além disso o gato disse que a Fluoxetina ajuda no processo de emagrecimento.

Comecei a tomar os remédios na última terça-feira. Nos dois primeiros dias senti um pouco de sonolência durante o dia... mas agora estou bem, me sinto com a cabeça em ordem, pensando em uma coisa de cada vez. O ruim para mim, é não poder ingerir bebida alcóolica. Ponto para minha dieta e qualidade de vida.

Então, sei lá se alguém já leu esse blog. O fato é que gostaria de contar com o apoio virtual de vcs...

Primeiro Passo

Analisando e relembrando como era minha doce vida na época de ser “boa”, lembrei-me que me alimentava basicamente como hoje, porém as atividades físicas faziam parte da minha vida: freqüentava quase assiduamente academias de ginástica, fazia longas caminhadas, freqüentava clubes e me alongava diariamente.

Não sei porquê deixei de fazer essas coisas que me eram um hábito e me davam bastante prazer. Não sei quando perdi as rédeas do meu “corpicho”.

Outra coisa que fazia com bastante freqüência era gandaiar! Na época em que eu estudava na Estácio freqüentava tanto as salas de aula quanto os bares da redondeza. Sinceramente, freqüentava mais os bares... Enfim, sempre tomava minha cerveja gelada sem nenhum acompanhamento. Geralmente lanchava à tarde e a grana só dava para a cerva, nunca sobrava para os tira-gostos. Quando chegava em casa tomava água e dormia feliz da vida.

Hoje mantenho o mesmo hábito de beber umas  (bem menos, aliás), porém minhas cervejas sempre acompanham um gordo tira gosto... e isso com certeza engorda!

Para emagrecer, além de melhorar minha alimentação, vou diminuir as quantidades: acredito que me privar de alimentos saborosos não irá surtir um resultado a longo prazo. Depois que se volta a comer normalmente, os kilos retornam com tudo. Irei seguir o exemplo da Larissa do blog meu emagrecimento: dividir a quantidade de tudo que como por três: se antes comia seis colheres de arroz hoje irei comer três e assim por diante. Também irei comer mais verduras e frutas. Minha sorte é que não como doces e frituras são raras em minha dieta. Os exercícios físicos também deverão retornar a minha rotina. Vou iniciar com caminhada intercalando com corrida, a academia terá que esperar, já que estou desesperadamente desempregada.

Resolvi encarar a vida de frente.

Recomeço

Não sei bem o que me tornei.

Não sei se perdi o controle do meu corpo. Se não consigo ver o que realmente o espelho traduz.
O fato é que nunca precisei me preocupar com excesso de peso. Nunca fui magricela, mas tinha um corpo praticamente perfeito e nunca me preocupei com beleza exterior (talvez porque era bela). Enfim, nunca fui ligada em boa aparência, bastava-me que eu e os demais fossem boas pessoas, tivessem um bom papo e fossem cativantes e assim eu era....

Hoje, com quase 30 kilos extras, vejo que aparência manda em tudo na vida. Tenho sofrido todo o tipo de preconceito. Meu marido fala entre linhas que eu estou gorda: usa o discurso de que eu não me cuido e que não vai ficar do meu lado do jeito que eu estou, pois ele não me conheceu assim. Gostaria que ele gritasse: sua gorda! Acho que doeria menos do que a sua covardia de ficar jogando indiretas e da sua antipatia em me ver assim... Bem, sei que essas linhas fazem parecer que meu marido seja um carrasco, mas entendo perfeitamente que ele me quer bem e é natural que ele queira de volta àquela mulher bonita, alegre e espontânea que um dia ele teve.

Fico muito arrasada em ver que as pessoas não me olham mais como uma boa pessoa por estar acima do peso. Antes tinha uma legião de fãs (todos interessados no que o meu corpo atraía). Hoje as ditas amigas sentem-se superior: agora não sou mais uma ameaça.

Emprego? Sinto que se tivesse magra era considerada mais competente.

Conheci os dois lados: o de ser "magra, gostosa e atraente e amiga-de-todo-o-mundo-a keila-é-legal-pra-caramba."
E o de ser "gorda-baleia-saco-de-areia-que-não-se-cuida-e-que-só-pode-estar-doente."

Começo hoje a minha história da busca do corpo perdido... só para ser novamente aceita e querida , apesar de sentir, no meu intimo, que do jeito que estou está bom. Ninguém precisa dizer que eu não devo me preocupara com os outros pensam, pois eu também concordo com essa máxima. Faço por mim, para não me sentir tão fora do mundo como hoje.

Nota mental: na verdade me sinto mal por estar obesa. Sinto que o peso não deveria fazer parte da personalidade da pessoa, mas que também gostaria de ser como antes. no fundo também sofro desse preconceito.